domingo, agosto 13

S.C.Beira-Mar perdeu diante do Maritimo


Faltaram golos ao domínio aveirense
Beira-Mar 0
Todor; Ribeiro, Jorge Silva, Alcaraz e Tininho; Torrão, Diakité, Luciano Ratinho e Rui Lima; Jorge Leitão e Jardel
Jogaram ainda: Jorge Vidigal, Vasco Matos, Emerson e Camora.
Suplentes não utilizados: Alê, Farah, Ricardo, Marco e Wegno.
Treinador: Augusto Inácio.

Marítimo 1
Fábio; Zé Gomes, Milton do Ó, Gregory e Evaldo; André Barreto, Wénio, Neca e Filipe Oliveira; Martin Prest e Marcelo.
Jogaram ainda: Mbesuma, Oberdan, Fernando, Luis Olim e Marcinho.
Suplentes não utilizados:Christhoper, Von Schwedler, Fahel, Obertdan, Ricardo,, Moukouri, Briguel, Marcos, Willians e Jardel.
Treinador: Ulisses Morais

Estádio: Municipal de Aveiro/Mário Duarte, em Aveiro.
Assistência: 2.637 espectadores.
Árbitro: António Resende (Aveiro)
Árbitros assistentes: José Carlos Santos e Tiago Leandro
Quarto árbitro: Augusto Costa
Ao intervalo: 0-0.
Marcador: Gregory (86m)
Acção disciplinar: Tinhinho (60m) e Zé Gomes (60m).

O jogo de apresentação do Beira-Mar aos seus associados não chamou ao estádio uma assistência muito elevada, ainda que não se possa falar de uma «casa» vazia.
Augusto Inácio apresentou um «onze» formado à base de jogadores que podem ser considerados como o «núcleo duro» do plantel, incluindo Jardel, que desta feita teve oportunidade de entrar de início, e que, como era previsível, foi alvo de todas as atenções por porte da comunicação social. O esquema de 4x4x2, com a consequente derivação para 4x3x3, sempre que a conquista da bola era conseguida, foi aposta prioritária, face a um Marítimo que, como é regra do seu estilo de jogo, assenta este na troca certeira da bola e da exploração das capacidades técnicas dos seus melhores executantes.
Durou pouco o período destinado aos «encaixes» táctico/estratégicos, cabendo a Jorge Leitão, logo ao sexto minuto, uma boa oportunidade. Mercê de uma bela recepção, seguida de rotação de corpo e remate, o Beira-Mar quase inaugurou o marcador. Importa referir que esta finalização nasce na sequência de um lance que envolveu jogadores dos três sectores, o que revela que alguns mecanismos já começam a dar bom sinal de eficácia colectiva.
Jardel, aos 15 minutos, teve um bom cabeceamento, que subiu para além da barra. Os madeirenses responderam num lance de puro contra-ataque, com Filipe Oliveira a obrigar Todor a defesa difícil, ainda que incompleta.
O espectáculo estava agradável de se seguir, mais parecendo um «jogo a sério», com o Beira-Mar a estender o seu jogo o mais possível pelas alas, onde pela direita entrava Ribeiro, enquanto pelo corredor oposto essa função cabia a Rui Lima, com as constantes mutações do duo da frente a darem nas vistas e a criar alguns problemas à defensiva adversária. Ficou como imagem vincada desta tese, uma espectacular jogada, aos 43 minutos, com Super Mário a rematar de primeira, mas ao lado, depois da bola ter passado pelos pés de meia equipa.
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Quem não marca…

Na segunda parte, foram feitas várias substituições, sendo que ainda assim foi o Beira-Mar a comandar o jogo nas suas várias vertentes, criando, inclusive, as melhores oportunidades de golo. Numa, Jardel colocou em Ratinho, este assistiu Rui Lima na perfeição, mas Zé Gomes desviou com o corpo a bola que se encaminhava para a baliza. Um lance que gerou dúvidas ocorreu ao minuto 65, quando Gregory agarrou ostensivamente Jardel na pequena área, ficando a nítida sensação de ter sido sonegada a respectiva grande penalidade.
Aos 70 minutos, Jardel cabeceou para golo, naquela que foi a melhor ocasião de todo o jogo, valendo a excelente defesa de Fábio, que desviou a bola no momento crucial.
O Marítimo atacou muito pouco, mas Todor, aos 85 minutos, foi rápido a antecipar-se a Mbesuma, que lhe surgiu isolado. Era o prenúncio do golo visitante, marcado por Gregory (no minuto seguinte), que, na sequência de um canto, aproveitou a falha defensiva contrária e marcou o único golo do jogo.
Em cima da hora, Todor evitou o segundo do adversário, ficando a clara sensação que há diferenças de qualidade no plantel orientado por Augusto Inácio que, curiosamente, apenas utilizou quatro dos nove suplentes que tinha à sua disposição.
Arbitragem com vários equívocos e um erro grave a manchar o trabalho global.

in: www.diarioaveiro.pt